AÇORES

Decorre, principalmente, entre os meses de Junho e Setembro, quando espécies como o Skipjack (conhecido localmente como atum gaiado), a mais abundante ao largo dos Açores, migram para as águas ricas em nutrientes do Atlântico Norte. Estas águas açorianas, pela sua biodiversidade e condições favoráveis, permitem a captura de atum de alta qualidade, valorizado internacionalmente.

Os pescadores açorianos são conhecidos por utilizarem métodos de pesca sustentáveis, especialmente a técnica do "salto e vara," que é uma prática artesanal e ecologicamente responsável. Ao invés de redes, os pescadores usam varas e anzóis com isco vivo para capturar o atum individualmente, o que evita capturas acidentais de outras espécies e reduz o impacto ambiental.

Este método artesanal não só ajuda a preservar os stocks de atum, mas também assegura a qualidade do peixe que não passa pelo stress de uma captura em massa, o que mantém a sua textura e sabor. Além disso, a pesca de “salto e vara” envolve comunidades locais, criando postos de trabalho e mantendo viva uma tradição passada de geração em geração.

Nos últimos anos, a sustentabilidade e a qualidade associadas ao atum dos Açores têm recebido reconhecimento global, contribuindo para a valorização da região e dos seus produtos no mercado internacional.

A organização não governamental “Earth Island Institute” certifica que a pesca do atum nos Açores tem o estatuto “Dolphin safe”, identificando também este tipo de pesca como uma das primeiras do mundo a cumprir todos os critérios do FOS ( “Friend of the Sea”).